Intervenção mínima na natureza
Texto: Nathalia Lopes
Distante 50 km de Curitiba e 120 km da Serra do Mar está a cidade de Campos Gerais do Paraná. A pequena região abriga uma “falha geológica” de proteção ambiental denominada de Escarpa Devoniana.
É neste local tranquilo que se encontra o Refúgio Cainã, uma das aconchegantes acomodações de um hotel fazenda, que se privilegia do contato estreito com a mata nativa ao redor e de uma vista deslumbrante no horizonte.
A pintura dos muros é feita com tinta mineral. A externa e interna com tinta solúvel, à base de água, que minimiza a utilização de produtos químicos. Os vidros das varandas são reciclados Foto: Nelson Kon
Nenhuma interferência com o espaço externo
Projetado pelo arquiteto Bruno Zaitter, o Refúgio Cainã faz parte de um espaço natural marcado por uma ampla área verde e pedras características. Por essa razão, o profissional optou por uma estrutura simplista, composta por um container reutilizado de 12 metros de comprimento e uma caixa metálica envidraçada totalmente virada para o nascer do sol. O conjunto está apoiado sobre pilares diretamente sobre o solo, diminuindo ao máximo o impacto da construção no meio natural.
“A estrutura torna-se uma simples base de apoio, transparece flutuante e favorece uma vida em permanente contato com o ambiente natural. Traduz um estado de espírito que reflete um refúgio da confusão urbana, onde o usuário se retira para apreciar o que realmente importa: o seu tempo”, define Bruno.
Internamente, o refúgio possui as características de um chalé comum. Quarto, espaço para café da manhã e suíte. A decoração usou de tons claros e muita madeira, para aquecer os dias frios na serra.