Ambiente de trabalho jovial
Texto: Nuri Farias
Os ambientes do escritório de coworking Osmose carregam uma marca indiscutível: a jovialidade. Essa foi uma das premissas do Casa100 – arquitetura_design ao desenvolver o projeto arquitetônico do estabelecimento, localizado em uma casa dos anos sessenta no bairro Alto da Boa Vista, em São Paulo.
Com uma linguagem descontraída, o projeto buscou unir praticidade, conforto e funcionalidade, adequando o escritório Osmose para ser intensamente usado pelos seus usuários.
Intervenções econômicas
Diogo Luz e José Guilherme Carceles, sócios do escritório de arquitetura, buscaram ao máximo manter as características originais da casa, apenas reformulando alguns pontos para valorizar a iluminação, a ventilação natural e o conforto. As mínimas intervenções estruturais e algumas soluções utilizadas tornaram a obra econômica.
As paredes internas, por exemplo, foram descascadas e ficaram com o tijolo aparente. A tubulação elétrica também ficou aparente, evitando reformas para passagem de conduítes e complementos. O piso de cimento queimado, por sua vez, foi feito in loco a um baixo custo.
Trazendo mais vida e luz ao escritório Osmose, o corredor de entrada e a sala de espera, que antes tinham uma cobertura fechada e escura de telhado, ganharam um pergolado vazado, possibilitando molhar as plantas do jardim em dias de chuva.
A luz natural também foi favorecida com a inserção de duas janelas que estão viradas para o caminho de acesso ao salão principal.
O corredor de acesso para o salão principal recebeu um pergolado vazado, que ajuda na iluminação e na ventilação natural do escritório Foto: Quadra Fotografia 2
“Os novos vãos criados no salão principal, assim como os pergolados no corredor central e na sala de espera, aumentaram muito a incidência de luz natural, dispensando o uso da iluminação artificial em dias claros”, completam os arquitetos.
Projeto de interiores
Paredes de tijolos aparentes, esquadrias de madeira e piso em cimento queimado respondem pela linha industrial adotada pelos arquitetos na criação do projeto da Osmose. Além disso, uma pintura da arquiteta e artista brasileira Kalina Juzwiak, criadora da marca kaju.ink, entra em total sintonia com a leveza do projeto de interiores.
“A ideia era manter o ambiente interno o mais clean e discreto possível, deixando o grande destaque para o tijolo. Queríamos um ambiente confortável e calmo para os usuários”, contam os arquitetos.