Transparência que integra
Texto: Nuri Farias
Assinada pelo escritório LAB Arquitetos, a reforma da Casa Butantã, em São Paulo, tinha como premissa criar ambientes integrados e com muita luz. Por ser uma construção antiga, da década de 1970, os ambientes internos eram bem separados entre si e havia pouca integração entre a casa e a área externa, constituída por um grande jardim e piscina.
Panos envidraçados
A criação de ambientes integrados tal como solicitaram os proprietários foi o grande diferencial do projeto – e também um desafio aos profissionais envolvidos. Após as interferências, as áreas de estar e de jantar ficaram totalmente interligadas.
Da mesma forma, o exterior foi incorporado à residência por um grande jardim a partir da criação de pergolados e varandas, sempre fazendo uso do vidro, um dos materiais mais utilizado na reforma da Casa Butantã.
A sala de estar não possui barreiras para a vista do exterior Foto: Marcelo Kahn
Os panos envidraçados que contornam a residência transmitem luz natural para os ambientes internos e proporcionam a integração do layout, bem como uma agradável vista para a área verde. “Para ampliar e integrar a sala, foram feitos reforços com estrutura metálica aparentes”, comentam os arquitetos Valéria La Terza, Rodrigo Leopoldi e Marino Barros, responsáveis pelo projeto.
Fachada aparente
Para o retrofit da Casa Butantã, a arquiteta explica que optaram por retirar a massa que revestia a fachada e deixar espaço para os tijolos aparentes. Os caixilhos são todos de alumínio e as venezianas de madeira, criando uma mistura entre o moderno e o clássico com os materiais predominantes. “Os grandes vãos de caixilhos são para a entrada de luz natural”, explicam os autores.
Os pergolados abertos sob a varanda são feitos de aço corten; eles ajudam na decoração da área de convivência da casa e na incorporação do exterior com o interior.
Paisagismo natural
A vegetação do jardim externo da Casa Butantã passa tranquilidade e aconchego, deixando o projeto de paisagismo com uma linguagem simples e natural. “A paisagista foi a proprietária da casa e ela manteve as jabuticabeiras existentes no grande terreno”, concluem os arquitetos.