Nas pedras de Paraty
Texto: Ian Vieira
A Casa Paraty foi implantada em um dos lugares mais paradisíacos do país, de fronte à praia, sobre robustas pedras e bem no meio da montanha. A residência integra-se à esbelta natureza da região ao fixar-se entre as dezenas de árvores que abraçam o partido.
Topografia irregular
O projeto assinado por Marcio Kogan e sua equipe, do studio mk27, surpreende por sua construção quase improvável, considerando os dois volumes em concreto aparente que ‘equilibram-se’ sobre as rochas do litoral. Um balanço de 8 m avança da montanha quase à altura da praia. Assim, mar e areia tornam-se o ‘tapete de entrada’ para uma residência que explora com maestria um terreno inimaginável para morar.
Distribuição bem definida
O acesso à casa é possível somente de barco. Vislumbra-se a entrada com uma espécie de ponte metálica sobre um espelho d’água forrado por cristais. O caminho leva ao primeiro pavimento, projetado com sala de estar, cozinha e área de serviço. O espaço é marcado por um grande vão de 27 m e amplas janelas de vidro que se abrem para a paisagem. No andar superior, interligado pela mesma escada, ficam os cômodos íntimos.
Do graveto ao concreto
A Casa Paraty é construída com painéis retráteis de graveto de eucalipto que exploram a frente e protegem os dormitórios do sol; pátios internos com iluminação zenital; concreto aparente em todas as paredes; e coberturas para terraços – dos mirantes aos jardins.