Construído no paraíso
Texto: Nuri Farias
Com apenas nove casas, o condomínio residencial TEMPO está localizado na charmosa Vila de Trancoso (BA), totalmente integrado à natureza exuberante dessa região paradisíaca. O projeto arquitetônico é de autoria dos arquitetos Gregory Bousquet, Carolina Bueno, Guillaume Sibaud e Olivier Raffaëlli, sócios do escritório franco-brasileiro Triptyque Architecture.
Situado em cima de uma falésia, com vista para o mar do Nordeste brasileiro, o condomínio TEMPO desfruta, ainda, de uma paisagem de floresta densa que se estende por detrás dele. Esses aspectos naturais impactaram diretamente na escolha do local, que é símbolo de uma preservação consciente.
Localização privilegiada
As casas estão distribuídas ao longo de um lote de 1.776 m² e se ligam de maneira natural à vegetação. “O terreno é um pedaço de mata tropical onde encontram-se, entre outras espécies nativas, duas grandes Gamaleiras, uma imponente árvore com diâmetro de 10 m, sagrada na cultura Africana e que simboliza o TEMPO”, relatam os arquitetos.
O condomínio TEMPO é marcado pelo verde e possui um grande terraço ao ar livre Foto: Triptyque Architecture
O escritório teve como princípio básico não remover ou modificar o verde da pequena vila, privilegiando um processo de reflorestamento e mantendo a real beleza do entorno.
No centro do condomínio está um grande terraço ao ar livre, com uma piscina e um bar, cuja função é unir os moradores e deixá-los mais próximos da vegetação. “Cada uma das unidades residenciais receberá uma árvore local para crescer no meio da sua arquitetura”, contam os autores.
Construção natural
A arquitetura do TEMPO é pura e segue o padrão tradicional das casas coloniais, deixando o destaque principal à natureza abundante do lugar. Os materiais, madeira e concreto, vêm de um perímetro máximo de 250 km em torno de Trancoso.
Os arquitetos descrevem que a construção do projeto é bastante voltada para o âmbito social, desenvolvendo uma arquitetura em prol da natureza e da civilização local. “Com isso, os fornecedores garantem a formação de aprendizes e reforçam e mantém o artesanato local, como carpintaria, tecelagem de palha, argila etc.”, concluem.