Estética fabril
Texto: Marina Cabral
A sede da Telesystem, empresa fabricante de produtos e sistemas de tecnologia, tira partido de espaços amplos e transparentes, priorizando a integração.
Localizado em Jundiaí, o escritório – que ocupa três mezaninos – foi implantado no galpão industrial que abriga a linha de produção da empresa. Para manter a personalidade da edificação, o projeto idealizado pelo escritório WF Arquitetos, utilizou os elementos arquitetônicos já existentes no galpão, adotando uma estética fabril.
A arquiteta Beatriz Fujinaka explica que a maior dificuldade do projeto foi adaptar a estrutura de galpão industrial de modo a atender com tecnologia e conforto as demandas de um ambiente corporativo. “Diferente de um prédio comercial comum, não contávamos com pisos elevados e tubulações generosas embutidas nas paredes. Pelo contrário; as lajes e as paredes em concreto não permitiam que nada fosse embutido. Por isso, todo o cabeamento e a infraestrutura de ar-condicionado ficaram aparentes, cruzando a laje e vencendo as vigas em eletrocalhas”, explica.
Volumes independentes
Antes da implantação do escritório, o conforto térmico e acústico dos ambientes era precário, pois as plantas eram livres e os vãos abertos – ligados à área de produção. “Criamos volumes/caixas inscritas dentro desse volume principal, que era o galpão. Com isso, as salas que necessitavam de fechamento, foram fechadas como caixotes de vidro com teto rebaixado”, destaca. Essa solução permitiu a transposição das vigas e a passagem da infraestrutura de iluminação e ar-condicionado.
Materiais predominantes
O concreto aparente pré-existente recebeu um tratamento com cera e algumas vigas, antes revestidas, foram descascadas. “Utilizamos vidro nas divisórias e o forro do tipo mineral em placas em todos os ambientes. Além disso, a madeira de demolição foi usada nas paredes e portas da sala de reunião principal e nas salas de diretoria”, detalha a arquiteta.